Uma mulher não muda o cabelo só "Porque sim."

Passar de morena a loira, sem querer.


Fotografia por @araujonovo.photography

Bem, aqui estou, morena como sempre me conheci. 
Em Outubro do ano passado senti que precisava de mudar, de me aprimorar. E quando falo em mudar nem me estou a referir à parte física. Mas a verdade é que, acho que para a generalidade da mulherada, quando há uma mudança de vida, uma mudança interior, um balanço sentimental, uma hormona que entra em histeria(normalmente do nada), um chuto no rabo daquele que afinal nem "me" merecia, uma mudança profissional... a cabeça é que sofre, pode-se dizer a cabeça num todo mas mais concretamente os nossos belos fios de cabelo.
Quero referir que não estava desesperada, apenas tinha uma vontade de me sentir diferente, cuidar de mim e sentir-me mais mulher. Daquelas que "batem o tacão", como diz a minha mãe. Com força. 
Ao invés de ir fazer um retiro espiritual, alinhar os chakras ou simplesmente retomar as corridas matinais (que tão bem me faziam, e fazem), fui ao cabeleireiro. Pareceu-me uma decisão sensata dentro das várias possibilidades da política "faz mais por ti".

Percorri vários cabeleireiros à procura de um orçamento. Podem-se rir, mas para mim é uma bela empreitada ir ao cabeleireiro. Tenho o cabelo fino e com tendência a queda, o que exige bastante cuidado e o que acarreta alguns complexos à minha pessoa. Para além de tudo queria um trabalho técnico denominado ombré. E assim decidi-me pela Mafalda Perfeito, que se localiza nos Pinhais da Foz, no Porto. A Mafalda foi super despachada e simpática, o que me deixou à vontade para dizer - Faz o que quiseres, desde que o cabelo fique pelos ombros, que é o meu corte favorito. 
E pronto, fiquei (o que na altura achei) loira !


Fotografia por @pedroxramos

E não é que me soube bem a mudança ? Nunca imaginei ver-me loira e sei que não escolhi a melhor imagem para demonstrar o resultado final, mas gosto muito desta fotografia (é super instagramável!).

Senti-me bonita, senti uma vontade urgente de terminar coisas pendentes, senti-me melhor no trabalho. Também senti mais dificuldade a pentear-me, mas isso são outros quinhentos.

Isto vem reforçar a minha tese de que o cabelo da mulher é um carimbo fundamental, quer na sua imagem, quer no seu interior. Mudar faz bem, arriscar, sair daquilo que é a zona de conforto. E para muitas mulheres sair da zona de conforto pode ser só cortar aquelas pontinhas espigadas e nooooossa, parece que já cortaram três km de cabelo e entram numa viagem astral de mudança. E isso é que vale. Tratar de nós, apostar em nós, sentirmo-nos bem, a todos os níveis.

Chegou 2018 e eu abracei-o tanto, mas tanto. Entrei com tão boas energias que quase levitava ! Ali a meio do mês de Janeiro ainda consegui patinar umas  três ou quatro vezes, confesso, mas já me equilibrei novamente. Ando sempre à procura disto, do meu equilíbrio. Procurar o meu propósito. É verdade, acho que ainda não o encontrei e creio ainda não ter dito isso aqui. Cada vez me sinto mais distanciada de Engenharia, que é o meu curso, que muitas me ferramentas me dá, mas que não me preenche.
Bem, talvez por Janeiro ser uma espécie de mês "trial" do ano, e atenção que eu gosto muito de Janeiro, decidi que precisava de mudar mais um pouco. E se eu antes achava que estava loira...

Fotografia por @joanafsfernandes (como quem diz uma selfie)

Mais loira fiquei !
Apesar de, na minha cabeça, a minha imagem ser morena, quando vou ao espelho é loira que estou agora. Continuo a gostar muito do moreno, mas para já vou manter-me assim, loira e de bem comigo.
Desta vez, recorri à minha cabeleireira de sempre, a D. Olívia, que se localiza na Póvoa de Varzim. Não dava para ser tratada com mais carinho do que o que fui.

O cabelo loiro traz alguns cuidados adicionais, que eu posso vir a falar mais tarde. O cabelo fica mais seco, mais carente de nutrição. Mais tarde menciono os produtos que estou a usar de momento.

Muherada, assumam as vossas vontades, as vossas mudanças. Mais importante do que as exteriores, as interiores. Mas que as exteriores ajudam, lá isso ajudam. Acima de tudo, amem-se como são.


Beijinhos,

Joana.

Este post foi escrito a ouvir Best of Chillout Music.

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